Sei o quanto a vida é grande, misteriosa e às vezes assustadora. Mas, apesar disso, eu não gosto muito quando me pego questionando se ela tem ou não um sentido de ser. Na verdade, basta que eu tenha propósitos bem definidos para que valha a pena viver plenamente.
Pois bem, e quais são os meus propósitos?
Bom, vou começar pelo maior: quando eu estiver na reta final, já bem velhinho, quero estar realmente feliz e satisfeito por ter tido a vida que tive.
Para que chegue a esse ponto, provavelmente eu terei que ajudar o máximo de pessoas que me seja possível, pois não vejo outra maneira de sentir maiores prazeres do que essa.
Para conseguir esse feito, eu terei que aproveitar tudo o que a minha condição de humano seja capaz de me proporcionar.
E para isso, eu terei que ter um corpo e um espírito saudáveis além de muito amor para dar e para receber.
Então, atualmente, o que me dá ânimo e alegria de acordar cedo todas as manhãs é saber que terei mais um dia cheio de oportunidades para conquistar uma melhor qualidade de vida. E o que me faz dormir tranqüilo e em paz é o fato de eu ter aproveitado a maior parte dessas oportunidades ─ reafirmando para mim mesmo que continuo no caminho que me levará ao propósito maior.
É isso aí, acredito que ter um propósito de vida claro e objetivo faz com que eu aceite muito melhor a vida como ela é, assim como o envelhecimento e a morte que, às vezes, é tão difícil de engolir.
Trecho do livro: COM LICENÇA, NATUREZA
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