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MEDITAÇÃO

Sento no sofá da minha sala, junto as duas mãos e rezo a Deus para que acompanhe de perto o que estou para fazer:


Deus,

Agora vou praticar a minha meditação.

Vou sentar numa posição cômoda e deixar todo o meu corpo relaxar.

Pouco a pouco, minhas tensões e meus pensamentos estressantes começarão a se acalmar.


Colocarei de lado qualquer inquietação que esteja em minha mente, seja ela boa ou ruim.

Após alguns minutos, alcançarei um relaxamento profundo. Junto com ele um silêncio absoluto, silêncio de palavras e de emoções.

Ficarei um bom tempo assim, nesse vazio, recuperando minha clareza de espírito e minha positividade.

Então, quando parar, estarei sentindo um grande prazer, um desprendimento total. No entanto, faço essa meditação periodicamente para ser uma pessoa mais tolerante, mais justa e mais eficiente no meu dia a dia.

Amém.


Ajeito a almofada nas costas para melhorar minha postura e, com as palmas para cima, coloco as mãos sobre as coxas, uma sobre a outra. Essa será minha posição até o final da prática. Às vezes, pratico deitado, tem suas vantagens em termos de relaxamento. No entanto, como hoje em particular a minha cabeça estava cheia de preocupações, preferi praticar sentado ─ que em minha opinião é a posição mais indicada quando se busca concentração.

Deus, tome minhas vontades e guie-me através do silêncio.

Estou de olhos semi-abertos e vejo a parede da sala na penumbra, mas não fixo o olhar em nada, apenas relaxo.

Abandono qualquer espécie de esforço. Relaxo o corpo todo, dos pés à cabeça.

Respiro somente através do diafragma, mantendo o tórax imóvel e movendo apenas o abdome.

Faço uma sincronia entre minha respiração e meus batimentos cardíacos: três batidas inspirando e relaxando e três batidas expirando e relaxando. Não faço contagens verbalizadas, apenas observo mentalmente e com suavidade essa sincronia. Ela é o meu mantra.

Relaxar e respirar conscientemente, isso é tudo o que faço. Às vezes, perco o domínio e o pensamento volta a vagar livremente. Mas, assim que percebo, relaxo mais uma vez, sobretudo os meus olhos e minhas expressões faciais ─ e volto a ficar em silêncio comigo mesmo. Acredito que todo pensamento reflete uma tensão em meu corpo, por mais sutil que seja. Portanto, fazendo com que a tensão desapareça o pensamento também desaparece.

Passados cinco a dez minutos de prática eu entro em relaxamento profundo. Isso agrada meu organismo e a meditação passa a fluir naturalmente, sem qualquer esforço da minha parte. O silêncio agora é absoluto. Não existe mais passado nem futuro, só uma consciência despreocupada do presente.

Com cerca de trinta minutos de meditação eu começo a sair do transe, movendo aos poucos as mãos, os pés, a cabeça e acabo por me espreguiçar todo, demoradamente. Um prazer palpável está tomando conta de mim, um verdadeiro conforto espiritual. A poeira levantada pelos estresses de mais um dia de trabalho e responsabilidades se assentou. Tudo ficou mais claro e fácil de se resolver. Todas as preocupações diminuíram, quase sumiram. E meu objetivo de tornar-me mais calmo, mais justo e mais eficiente tomou outro empurrãozinho para frente.

É a paz de Deus!

Trecho do livro: COM LICENÇA, NATUREZA
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